30/07/2011

Cetesb pede que distribuidora em SP faça contenção do vazamento

Empresa de produtos inflamáveis pegou fogo na Grande SP nesta sexta.
Três pessoas ficaram feridas. Substâncias vazaram para córrego.

Funcionários da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo (Cetesb) estiveram na tarde deste sábado (30) em Embu, na Grande São Paulo, onde uma distribuidora de produtos inflamáveis pegou fogo na noite desta sexta (29). Eles fizeram uma vistoria no local para evitar contaminação da área e o risco de novos incêndios.

Por volta de 21h, a Secretaria estadual de Saúde informou que, com queimaduras, três pessoas continuavam internadas em estado grave. Às 19h30, um jovem de 24 anos, com queimaduras leves, teve alta. Os feridos rabalhavam na empresa.

Com o fogo, as tubulações de alguns tanques ficaram danificadas e houve vazamento de produtos químicos. A Cetesb determinou que a empresa transfira o material que não foi consumido pelas chamas para tanques seguros e faça a contenção do vazamento para que os produtos não cheguem novamente ao solo.

Quase escondido, em meio aos escombros, um vazamento constante ocorria e era de produto inflamável. Por isso, os bombeiros tiveram que continuar de prontidão durante boa parte do dia em Embu. A empresa Old Flex, atingida pelo incêndio, faz distribuição de produtos químicos. Entre eles, pelo menos cinco tipos de álcool.

O incêndio só foi controlado na madrugada, destruiu parte da empresa, que fica no bairro das Oliveiras. Ao todo, 23 equipes dos bombeiros trabalharam para apagar as chamas e foi difícil chegar à base delas por causa das altas temperaturas -- acima de 1.000 Cº. Com isso, a água evapora antes de chegar ao fogo. Foi preciso esperar todo o combustível queimar.

Os produtos inflamáveis chegaram ao Córrego Poá que se transformou em um rio de fogo. O temor de que as chamas se alastrassem interrompeu o trânsito na Rodovia Régis Bittencourt, que fica bem perto do local do incêndio. Assustados, moradores da vizinhança abandonaram as casas.

Peritos do Instituto de Criminalística foram até a empresa para apurar as causas do incêndio. Fiscais da Agência Nacional de Petróleo (ANP) também estiveram na área afetada.

Fonte: O Globo