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28/11/2011
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Com alta do etanol, gasolina é a melhor opção nos postos
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Nos postos de gasolina de Jundiaí, assim como em cidades de São Paulo e de mais 13 estados brasileiros, optar pelo álcool como combustível já não compensa e entre os consumidores a escolha majoritária é pela gasolina.
Semelhante a cenários anteriores deste ano, o preço do litro de etanol subiu. Segundo dados coletados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em média, o valor saiu por R$ 2,025 no País, uma alta de 0,20% em comparação com a semana anterior.
Ainda de acordo com registros da ANP, a alta acumulada do preço do litro de etanol chegou a 1,25% neste mês no País.
Em São Paulo, maior produtor nacional do combustível, o mesmo índice acumulou alta de 1,99%. Segundo a pesquisa da ANP, considerando todos os Estados brasileiros e o Distrito Federal, o etanol só compensa em Goiás, onde o litro custa, em média, R$ 1,95 e a gasolina sai por volta de R$ 2,86. Já nos postos paulistas, o litro do álcool ficou em R$ 1,894, em média, na última semana, ante R$ 1,886 da semana anterior. Para o consultor de negócios, Fernando Arakaki, a pesquisa por preços é a melhor maneira de economizar.
Em um posto de Jundiaí, cujo preço do litro de etanol está em R$1,89 e o da gasolina R$ 2,79, o cliente escolhe, há três meses, a segunda opção. "Sempre abasteço meu carro depois de fazer cálculos.
Ultimamente, a comparação já passa dos 70%", disse. O uso do álcool deixa de ser vantajoso se seu preço ultrapassa 70% do valor da gasolina.
Para saber, Fernando lembra que basta dividir o preço do álcool pelo da gasolina. Se o número for maior que 0,7, compensa a gasolina. O motorista Marcos Paulo da Silva não possui carro Flex e também tem achado muito caro o valor do etanol. "Acho um absurdo. O álcool gasta mais. Abasteço meu carro três vezes por semana e neste período chego a gastar R$ 170", disse.
Equilíbrio Para proprietários de postos de combustíveis de Jundiaí, a venda de álcool não alcança a gasolina, mas ainda não causa prejuízos. Segundo diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas e Região (Recap), Domingo da Silva Zaniqueli, que possui quatro bombas de combustíveis na Região, a venda de etanol não chega aos 50%.
"De alguma forma, a alta do consumo de gasolina traz um equilíbrio e não perdemos tanto. Mas eu mesmo oriento meus clientes a não optarem pelo álcool", disse. Proprietário de outro posto, Ulisses Pina, vende uma média de 60% de gasolina e 40% de etanol no mês. "Este equilíbrio evita um desabastecimento dos combustíveis nos postos." Uma das razões da alta do etanol é a produção de canaviais que não atingiu a expectativa da safra deste ano.
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Fonte: Jornal de Jundiaí/SP
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