A Raízen começou uma força-tarefa para tirar a marca Shell, administrada pela empresa, de postos de combustível irregulares. Até agora, foram identificados 33 estabelecimentos (em São Paulo, no Paraná e no Rio) que usam a marca, mas compram combustível de fontes desconhecidas. Só que tirar o nome Shell da fachada desses postos não é tarefa fácil. A briga foi parar na Justiça.
Desde maio do ano passado, quando iniciou a ofensiva contra os postos, a empresa conseguiu tirar sua bandeira de 13 estabelecimentos. "A intenção é impedir que o posto continue a lesar o consumidor e a nossa marca", diz o gerente de relacionamento de revenda da Raízen, James Assis.
A empresa descobriu a irregularidade mapeando postos que já foram parceiros no passado mas pararam de comprar com ela. Alguns continuavam usando a marca indevidamente. Esses postos foram denunciados à Agência Nacional do Petróleo (ANP), ao Procon e à Delegacia do Consumidor. Em seguida, a empresa recorreu à Justiça. Em dez casos, a Raízen perdeu a ação em primeira instância e recorreu.
Segundo a advogada Patrícia Oliveira, do escritório Barros Ribeiro Advogados, que atende a Shell, uma onda de processos semelhante ocorreu em 2000, quando chegaram ao mercado os postos sem bandeira.