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02/06/2011
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Raízen prevê investir R$ 1 bi por ano em cana
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A Raízen, joint venture entre Shell e Cosan, prevê investir R$ 1 bilhão por ano nos próximos cinco anos para elevar sua capacidade de moagem dos atuais 62 milhões para 70 milhões de toneladas de cana em suas 24 usinas. "Apenas na renovação dos canaviais a produção aumenta 10%", disse o vice-presidente de etanol, açúcar e bioenergia da companhia, Pedro Mizutani.
A expectativa da Raízen, no entanto, é chegar a 100 milhões de toneladas em cinco anos. De acordo com o executivo, os 30 milhões de toneladas restantes deverão vir de um mix de aquisições e de novas usinas.
A oferta limitada de cana está levando a empresa a estimar a moagem da safra 2011/12 em 58,1 milhões de toneladas, abaixo de sua capacidade instalada, mas 7% superior à moagem da período anterior. Segundo Mizutani, na safra 2011/12, a produção de açúcar da Raízen deverá atingir 4,4 milhões de toneladas, crescimento de 12,8% em relação à produção de 3,9 milhões de toneladas da safra anterior. Já a produção de etanol deverá crescer de 2 bilhões para 2,2 bilhões de litros, expansão de 10%. O executivo disse que o mix de produção da atual safra deve continuar em 55% açúcar e 45% etanol.
Mizutani lembra, porém, que os atuais preços do açúcar no mercado internacional, embora remuneradores, não incentivam a realização de novos investimentos. Na bolsa de futuros de Nova York, o preço do açúcar gira entre 22 e 23 cents por libra. Segundo ele, o custo de produção no Brasil, considerando o atual câmbio, está entre 18 e 20 cents por libra. "Para incentivar novos investimentos em greenfields (usinas novas), o preço tem de subir para 26 cents", diz.
O executivo conta que a Raízen já possui quatro projetos com orçamento aprovado e com licenças ambientais obtidas - em Prata (MG), Montevidio e Paraúna (GO) e Naviraí (MS). Segundo ele, para investimentos assim, é necessário ter um planejamento de longo prazo, já que a nova unidade apenas atinge sua maturidade operacional depois de sete anos.
Exportação. Mizutani disse também que Brasil deve se restringir a exportar etanol para fins químicos até pelo menos o final desta década. Segundo ele, as exportações brasileiras devem se manter em torno de 1,5 bilhão de litros por ano até pelo menos 2020.
A maioria do etanol produzido deve ser direcionada para o mercado interno. Mizutani prevê que a produção de etanol atinja 60 bilhões de litros até o final da década, ante os atuais 25 bilhões. "Para que isso aconteça, contudo, o Brasil precisará investir US$ 8,45 bilhões por ano para expandir 65 milhões de toneladas anuais neste período."
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Fonte: O Estado de São Paulo
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